Arte e Propaganda
A arte sempre foi uma dos grandes instrumentos da propaganda e publicidade. Como ferramenta a arte às vezes se confunde com a propaganda, mas raramente ela é o diferencial em foco ou a verdadeira motivação por trás de uma campanha.
A arte é uma criação humana que expressa sentimentos e com valores estéticos como: beleza, equilíbrio, harmonia, revolta, conta um pouco de sua história e a sua cultura. Esse conjunto é toda obra. O que vemos quando admiramos uma obra de arte depende da nossa experiência e conhecimentos, assim entendendo o que o artista quer demonstrar.
A propaganda é uma arte como todas as outras, exige que se tenha talento, criatividade, imaginação, dedicação em tempo integral. O que difere de outras artes é a disposição de instaurar novos valores estéticos. A criação publicitária é totalmente comercial. O foco é mostrar os produtos, atrair o publico, mas como chamar a atenção do publico? Usando a “arte”! Para isso temos que estar por dentro de tudo que ocorre, para que possamos atingir diretamente os consumidores. A publicidade é uma arte dita arquitetônica, porque utiliza todas as outras artes, como: a música, a pintura, a escultura, o teatro, a poesia, o cinema, a literatura e muitas vezes uma ou outra das artes que já morreram, como a oratória e a declamação.
Curiosamente, com o passar do tempo ficou claro para todos que a arte e a propaganda sempre andavam de mãos dadas de maneira direta e objetiva: a arte tornava a propaganda agradável (e portanto mais funcional) e a propaganda impulsiona a popularidade daquela peça, forma ou estilo de arte. Obviamente as forças de mercado afetaram essa simbiose provocando uma espécie de ciclo envolvendo o uso de uma arte (ou artista) mais popular para impulsionar a popularização do produto ou serviço vendido, tornando o artista ainda mais famoso e o produto idem.
A arte pode representar o diferencial na escolha da compra de um produto, como o artista pode se beneficiar com a exposição de sua arte e como o consumidor obtém ainda seu prazer estético.
Campanha Volkswagem
Desde 2007 a Volkswagen vem inovando com o lançamento de sua linha Blue Motion, uma linhagem diferenciada de carros cujas principais características são a baixa emissão de gás carbônico e o alto poder econômico.
O objetivo da campanha é mostrar o quão absurdo é a economia e o baixo consumo de energia que o automóvel utiliza.
Campanha AE investimentos
Inspirados na obra de Salvador Dali, as peças mostram a atual situação financeira do mundo, na ótica surrealista.
Podemos ver que as referências na peça, são os alvos de grande lucro. Temos o Tio Sam de outra maneira representando a potência americana, um cofre, um camelo com uma plataforma de petróleo, simbolizando o mundo árabe que é o principal produtor do ouro negro. Entre outras partes importantes, ao fundo temos o palácio do planalto ao fundo, em tamanho bem reduzido quase desaparecendo perante tantos “gigantes” no mundo.
Campanha Magimix
A campanha, criada para uma marca de liquidificadores, traz uma série de obras de arte em versões feitas com frutas e legumes. A inspiração veio de pintores consagrados como Leonardo da Vinci, Picasso e René Magritte.
Com o slogan “Somente os excepcionais perduram” eles não se limitam a fazer-nos acreditar apenas nos seus produtos duráveis, fazem-nos também crer em algo maior – que a publicidade criativa tem o poder de nos fazer parar, pensar e sorrir.